Achando uma loba e um estado, se conta a história e a lenda de Roma, sendo a lenda ou a história de Roma a lenda e a história de qualquer estado ou cidade-estado e o mito de Jesus nos Evangelhos outrossim repete a narração sobre Rômulo e Remo, sendo, no caso do evangelho, a loba matriz a Virgem Maria. A história de Jesus é a história de Rômulo e Remo e, concomitantemente, de Roma. A ama dos fundadores de Roma foi Aca Laurência, cuja alcunha era "A Loba".
A loba capitolina evoca uma relação misteriosa do homem com seus deuses zoomorfos e antropozoomorfos e cósmicos : Anúbis, Horus, o disco solar ou o deus-sol ( Rá), enfim, o Panteão egípcio com suas divindades.
O deus Osíris, que ressuscitou antes de Cristo, e que é outra história de Jesus, ou seja, outra história mitológica ou lendária narrada milhares de anos antes da história de Jesus aflorar na tradição e, posteriormente, nos Evangelhos canônicos e apócrifos. Osíris é uma divindade antropomórfica, cujo antropomorfismo pode ter sugerido aos gregos ( humanistas) a forma da totalidade dos seus deuses e deusas.
O panteão grego é mui humano, "Humano, demasiado humano", diria Nietzsche. Daí "humanismo" enquanto termo e tempo histórico a guardar o surto de paixão pelo clássico, que era o grego antigo, no portal da historial?!
No panteão grego os deuses eram todos antropomorfos, porquanto o grego colocava o homem no centro de tudo ( ou acima de tudo, no Olimpo, sobre o Monte Olimpo, pois os deuses da mitologia grega eram homens psicológicos e físicos, excetuadas algumas divindades menores : centauros e mesmo o grande deus Pã, antropozoomorfos ) , pois é do homem que partem todas as coisas e voltam todas as coisas, não importa se tais "coisas" retornam ao homem sob a forma de objetos dados aos sentidos e conceitos elucubrados no intelecto, cozinhados no espírito, na mente humana ; no ser humano vai e vem mundos diversos : um mundo que o homem lança nos sentidos que vão captar as "coisas" ou a natureza e retorna outro mundo, o qual é lançado ou percebido no outro mundo, o mundo de fora, no exterior do homem, sendo o homem senhor de dois universos paralelos a ele : o universo de dentro do homem ( sua mente. O mundo sobrenatural seria o dado pelo imaginário ) e o de fora ( a natureza, o mundo natural ).
O homem lança e expele um universo ou dois : um na existência, fora do homem, e outro na essência do homem, dentro da alma, do espírito humano, durante o transcurso da vida. Daí o termo humanismo, utilizado na história pós-medieval, no período que os historiadores gostam de chamar "Renascimento" ( do homem ou do mundo enquanto antropocentrismo, antromorfismo?! ).
Outrossim guarda a história lendária de Mogli, o menino-lobo e a lenda de Tarzan dos macacos, ambas ambientadas na mente de escritores ingleses invade a zona proibida de inúmeros interesses ( contextos ) que floresceram na Inglaterra, enquanto pátria e império, e certamente entrou no fluido da mente desses autores ingleses que captaram símbolos e os transmitiram de uma forma ingênua, porém de beleza e senso de aventura inesquecível, que perdura no imaginário.
Essas histórias ou lendas ou mitos, narram ou evocam a história do homem na pré-história
( como pode haver história antes da história, que é escrita ou é a escrita narrando fatos ou mitos fundamentados em fatos distorcidos na curva parabólica dos contextos?! ) , na forma oral ou mental ou mnemônica ou estão impressas pelos atos e fatos pregressos escritos indelevelmente no código genético, esse escritor e desenhista do corpo e da mente humana.
Do exposto pode-se concluir ( ou não ) que a história da loba capitolina leva a vários caminhos entrecruzados na história : a loba não narra apenas a história de Roma, mas a história de Moisés, com Rômulo e Remo, e tantas outras histórias subjacentes e que afloram nas mais variadas culturas e territórios distantes da história originária, a qual ninguém pode saber qual é, todos ignoram, porém fingem saber alguns eruditos cuja função não é saber, mas conhecer.
Contudo o conhecimento tem limite no saber e o saber limite no homem enquanto o indivíduo não percebe o anti-limite no que parece limitar os sentidos e o corpo e mente humanas fincados num determinado território, com uma determinada língua contextual e cultura que limita o homem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário